Postado por
Bruno Alexandre
quinta-feira, julho 12, 2012
notícias Atuais
Templo de Jerusalém. Tudo indica a sua reconstrução.
Candelabro do terceiro Templo já está pronto e à
mostra no Instituto do Templo
As profecias bíblicas relacionadas ao final dos tempos
falam do Templo de Jerusalém como uma realidade no período da Grande Tribulação
e do Milênio (período de mil anos em que Cristo reinará com Sua Igreja sobre a
Terra). Mas, o Templo, sabemos, não foi ainda reconstruído. Porém,
quase todos os passos que precisavam ser dados
para que isso acontece já são realidade. Se não, vejamos.
Em primeiro lugar, para o Templo ser
reconstruído, seria necessário Israel voltar a existir como uma nação, o que
ocorreu em 1948. Em segundo lugar, seria necessário a reconquista da cidade de
Jerusalém, o que também já aconteceu, em 1967. Em terceiro lugar, seria
necessário ainda que todos os utensílios do Templo fossem restaurados. E
isso
já está acontecendo. Ou melhor, os utensílios já
estão praticamente concluídos.
A primeira vez que o assunto reconstrução do
Templo chamou a atenção da mídia mundial foi em 1989, quando a revista norte
americana Time, em sua edição de 16 de Outubro de 1989, cuja matéria de cara era
intitulada "Time for a New Temple? ("Tempo para um Novo Templo?"), apontava o
desejo crescente entre os judeus ortodoxos em Israel de ver o Templo de pé mais
uma vez. Por essa época, dava seus primeiros passos o chamado Instituto do
Templo.
Erguido na Cidade Velha de Jerusalém, o
Instituto do Templo tem se dedicado com afinco, durante as últimas duas décadas,
aos preparativos para a reconstrução do Templo, chegando hoje praticamente ao
final dessa preparação, em mais um sinal evidente da proximidade da Segunda
Vinda de Jesus. Em seus pouco mais de 20 anos de existência, o Instituto já
recriou o candelabro do Templo (Menorah), a um custo de 3 milhões de dólares,
além de harpas, altares, recipientes para incenso e as roupas dos sacerdotes,
tudo meticulosamente igual à descrição bíblica desses artigos. Ao todo, são 102
os utensílios necessários para os rituais do Templo; e hoje todos eles - isso
mesmo: todos - já estão prontos. O último passo será a busca de restos (cinzas,
por exemplo) das novilhas vermelhas, uma espécie de novilha em extinção que,
sendo um animal kosher (puro), era usado no ritual de purificação dos sacerdotes
antes de adentrarem o Templo de Jerusalém, segundo o texto de Números 19.
O objetivo dos judeus ortodoxos ligados ao
Instituto é clonar a novilha vermelha a partir dos restos que eventualmente
possam ser encontrados para que, após a reconstrução do Templo, os sacerdotes já
estejam ritualmente prontos para servir. Ou seja, até os avanços recentes na
área de genética favoreceram os planos e a fé daqueles que têm se dedicado à
reconstrução, e que, inclusive, já elaboraram uma lista de judeus que são
provavelmente descendentes de Levi, conforme estudo meticuloso da árvore
genealógica de milhares de judeus, para exercerem a função de sacerdotes. Muitos
deles já estão de sobreaviso e totalmente integrados ao projeto.
O rabino Yisrael Ariel, fundador do Instituto e
considerado um dos maiores especialistas no mundo em rituais do Templo de
Jerusalém, afirma que a função do Instituto sempre foi e será "dedicar-se à
recriação de artefatos usados no Templo não apenas como um exercício histórico,
mas como uma maneira de se preparar para sua reconstrução". Algumas das últimas
recriações do Instituto são surpreendentes e realçam sua dedicação. Em dezembro
de 2007, por exemplo, o Instituto anunciou a conclusão da confecção do
candelabro e da coroa de ouro maciço que a Bíblia diz que o sumo sacerdote
levava no cumprimento dos seus deveres no Templo. De acordo com a agência de
notícias israelenses Israel National News, os artistas que trabalharam na coroa
e no candelabro seguiram escrupulosamente, durante mais de um ano, as instruções
registradas na Bíblia hebraica e as informações sobre a coroa e o candelabro
gravadas em antigas fontes históricas para chegar ao formato final nos dois
artigos, que são considerados hoje absolutamente fidedignos aos originais.
Pedra Angular do Templo
Mas, não são apenas os centenas de rabinos do
Instituto do Templo que têm se dedicado aos preparativos para a reconstrução.
Outros grupos judeus ortodoxos relacionados também manifestam-se nesse sentido.
Em 21 de Maio deste ano, por exemplo, um grupo de judeus denominado "Movimento
de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte Templo" (Temple Mount and Land of
Israel Faithfull Movement) realizou uma passeata em Jerusalém deslocando uma
pedra de quase quatro toneladas que é considerada por alguns judeus ortodoxos a
pedra angular para a edificação do terceiro Templo de Jerusalém.
O dia 21 de Maio foi escolhido para a realização
da passeata porque é o "Dia de Jerusalém" em Israel, data em que os judeus
celebram a vitória na Guerra dos Seis Dias, quando Israel reconquistou Samaria,
Judéia, Gaza, os Montes de Golan e Jerusalém. Durante a passeata com a pedra de
esquina que provavelmente suportará a edificação do Templo, o grupo do
"Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte do Templo" protestou em
frente ao Consulado dos Estados Unidos por causa da política para o Oriente
Médio adotada pelo atual presidente norte-americano, Barack Hussein Obama, que
quer dividir a cidade de Israel, estabelecendo a capital do Estado árabe dentro
de Israel. Em frente ao Consulado, a multidão bradava: "Tirem as mãos da Terra
de Deus e do povo de Israel e de Jerusalém!". Ao chegar no portão de Jaffa, na
cidade velha de Jerusalém, o grupo de fiéis dançou e tocou trombetas de prata
declarando seu amor a Jerusalém.
O grupo dos Fiéis do Monte do Templo é liderado
pelo rabino Gershon Salomon, que já afirmou em entrevista ao arqueólogo
norte-americano e cristão Randall Price (autor de Arqueologia Bíblica, CPAD) nos
anos 90 o que se segue: "Creio que a reconstrução do Templo é a vontade de Deus.
O Domo da Rocha deve ser retirado. Devemos, como sabem, removê-lo. E hoje temos
todo o equipamento para fazer isso, pedra por pedra, cuidadosamente, embalando-o
e enviando-o de volta para Meca, o lugar de onde veio. (...) No dia certo -
creio que em breve - essa pedra [de esquina] será colocada no Monte Templo,
trabalhada e polida. Será a primeira pedra para o terceiro Templo. A pedra não
está longe do Monte Templo, mas bem perto das muralhas da Cidade Velha de
Jerusalém, perto da Porta de Shechem. Dessa pedra se pode ver o Monte Templo.
Mas, o dia está próximo em que essa pedra estará no lugar certo. Pode ser hoje
ou amanhã, mas estamos bem pertos da hora certa".
Já há alguns anos que Gershon Salomon tem
incentivado rabinos a Já realizarem sacrifícios próximos ao Monte Moriá, isto é,
o Monte do Templo. Na Páscoa de 1998, rabinos judeus realizaram um sacrifício de
um animal no Muro Ocidental, que pode ter sido o primeiro sacrifício animal
realizado no local do Templo desde 70d.C., quando Jerusalém foi destruída pelos
exércitos romanos. Em 4 de Abril de 1999, o próprio Gershon Salomon tentou
realizar um sacrifício sobre o Monte do Templo, mas foi frustrado. E em Abril de
2008, rabinos em Israel afirmaram que estão se preparando para realizar alguns
sacrifícios de animais, num lugar bem próximo ao Monte do Templo. Mais de um ano
depois, ainda não os fizeram, mas eles têm se mostrado insistentes na idéia de
fazê-los futuramente, o que para os árabes palestinos serão considerados atos
muito provocativos.
Outro grupo é o Ateret Cohanim, que fundou uma
yeshiva (escola religiosa) para a educação e o treinamento dos sacerdotes do
Templo. O objetivo dessa organização judaica liderada por rabinos é pesquisar os
regulamentos levíticos e treiná-los para um sacerdócio futuro no terceiro
Templo.
Enquanto isso, todos os dias, três vezes ao dia,
judeus ortodoxos oram diante do Muro das Lamentações pedindo a Deus para que o
Templo seja reconstruído. Dizem as preces, quase em uníssono: "Que a Tua vontade
seja a rápida reconstrução do Templo em nossos dias....".
O respeitado rabino Chaim Richman, diretor
internacional do Instituto do Templo, é apontado como o mais provável a assumir
a função de sumo sacerdote logo após a reconstrução; ele também liderará o
Sinédrio, cujo lista de futuros membros, preparada por rabinos, já está
pronta
Oposição Palestina
Adnan Husseini, conselheiro do presidente
palestino Mahmoud Abbas em questões relativas a Jerusalém, critica a existência
do Instituto do Templo e seu projeto, que denomina "provocação". "Se eles falam
de construir o Templo, o que isso significa? Significa destruir mesquitas
islâmicas. E se eles o fizerem, ganharão 1,5 milhão de inimigos. É o desejo de
Deus que esse seja um local de adoração islâmico e eles devem respeitar isso",
afirma Husseini.
Em resposta, os rabinos do Instituto do Templo
declaram que não têm projetos nenhum de destruição das mesquitas até porque a
maioria dos rabinos ortodoxos crê, à luz das profecias da Bíblia hebraica, que a
reconstrução do Templo será um ato do próprio Deus, ato este que só será
realizado, afirmam, "quando chegar o tempo em que o Senhor achar os judeus
merecedores do Templo mais uma vez". Eles destacam ainda que os preparativos são
apenas uma demonstração de fé nas profecias.
Entretanto, apesar de não haver mesmo por parte
do Instituto do Templo nenhum planejamento em andamento para a destruição das
mesquitas que se encontram hoje no Monte do Templo, o rabino Chaim Richman,
diretor internacional do Instituto (e forte candidato a assumir a função de sumo
sacerdote do Templo), e que já foi entrevistado do jornal Mensageiro da Paz há
alguns anos, declarou em dezembro de 2007 que a tarefa do Instituto nos próximos
anos será "completar o projeto arquitetônico para o terceiro Templo, incluindo
as projeções dos custos e os esquemas e detalhes das partes elétricas e das
canalizações", informação publicada nos jornais israelenses e que deixou os
palestinos irados.
Para esquentar mais o clima, em outubro deste
ano, o Comitê para a Monitoração Árabe acusou Israel de estar fazendo escavações
arqueológicas por baixo do Monte Templo, o que os israelenses negam. "Essas
acusações são uma perfeita mentira. Alegar que os judeus andam escavando por
baixo do Monte do Templo é como dizer que o dia é noite", afirmou o rabino
Shamuel Rabinovitz, responsável por cuidar do Muro das Lamentações. Seja como
for, uma pesquisa recente mostrou que 64% dos judeus israelenses desejam,
contanto que seja possível, ver o Templo reconstruído.
Seja verdadeira ou não a denúncia das
escavações, certo é que a conclusão dos preparativos para a reconstrução
demonstram que a restauração dos rituais do Templo no final dos tempos, conforme
as profecias bíblicas asseveram, não está longe da sua concretização. Muito ao
contrário. É uma questão de tempo. E, ao que tudo indica, muito pouco
tempo.
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