FAMÍLIA
O Senhor Deus estava andando pelo Jardim do Éden, olhando a criação, e viu que o homem estava só. Parou, e ficou pensando. Depois, virou para os anjos, que o acompanhavam, abriu um belo sorriso, e disse: Acabo de ter uma ideia que me deixou muito entusiasmado.
Os anjos ficaram surpresos, cheios de expectativa, na verdade estavam curiosos, pois sabiam que era algo especial, e que uma das vantagens de ser Deus é que nunca tem uma má ideia.
E quando Deus revelou a ideia, dizendo: Vou criar a família. Um anjo perguntou: O que é isso?
Ele respondeu: A família é a forma que eu vou usar para ligar as pessoas em amor. Vai funcionar mais ou menos assim: O maior vai cuidar do menor. (O grande servirá ao pequeno).
E ele será pago para isto? Perguntou um anjo. Não, respondeu o Senhor. Ao contrario, o pequenino vai custar muito dinheiro ao adulto, e tem mais, o pequeno no principio não será capaz nem de falar, apenas vai chorar e gritar, o adulto terá de adivinhar o que ele quer. Vai perder o sono.
O pequeno fará bagunça o tempo todo que o adulto terá de limpar, e será tão vulnerável que precisará ser vigiado vinte e quatro horas por dia, sete dias na semana. Quando tiver dois anos, o pequeno conseguirá dizer algumas palavras como: não e meu; ele fará birra.
Estou pensando em criar a puberdade. Ainda não decidi, mas se fizer este serzinho vai receber uma coisa esquisita chamada hormônios que o farão enlouquecer. Seu corpo vai receber coisas estranhas, haverá espinhas e o sistema límbico vai derreter, mas ele vai crescer. Justamente quando estiver bonito, atraente e capaz de contribuir, vai sair de casa. O que é que vocês acham?
Os anjos foram saindo com a cabeça baixa, olhando para os pés, não tinham coragem de dizer o que pensavam, mas um perguntou: Quem aceitaria? Por que alguém faria isto, Senhor?
Cheio de entusiasmo, Deus respondeu: ele nem saberá o porquê! Só olhará para aquele corpinho, aquelas mãozinhas e aqueles bracinhos e achará o pequenino a coisa mais bonita do mundo, embora pareça com os outros bebês.
Quando o pequenino puder sorrir, o adulto pensará que ganhou na loteria. Imagine, quando o serzinho disser, papai ou mamãe, com os braços e as mãos abertas e estendidas para o pescoço do adulto. Este adulto, pela primeira vez, saberá para que os braços e as mãos foram feitos.
Na verdade, tudo isto, tem a ver com a graça, disse Deus. A nova geração, as crianças, saberão que são amadas, estimadas, queridas e que pertencem a alguém, antes de terem feito qualquer coisa para merecer. A velha geração saberá que é dando que se recebe. Que quando dá o máximo recebe o máximo.
E quando eu disser: Raça humana sou seu Pai. Vocês são meus filhos e filhas. Eles se abrirão e entenderão. E neste momento firmarei com eles uma Nova Aliança, enraizada no amor que flui na paternidade.
Jesus veio e deu o máximo que o amor pode dar e espera receber o máximo, formando uma família que com Ele possa dizer: Aba Pai.
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